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Consultorias ajudam pequena empresa a implementar princípios de ESG

Organizações orientam empreendedores a partir de avaliações e certificações; plataforma gratuita ajuda microempresas a se alinharem à Agenda 2030 da ONU

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Por Ludimila Honorato
Atualização:

O Mapa de Negócios de Impacto 2019, da Pipe.Social, mostra que 42% das empresas analisadas ainda não definiram indicadores de impacto. Para ajudá-las na missão de identificar, implementar e acompanhar boas práticas de ESG (sigla em inglês para princípios sociais, ambientais e de governança corporativa), organizações oferecem consultoria e plataformas gratuitas aos empreendedores.

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A Sitawi Finanças do Bem atende instituições financeiras, investidores e empresas de diversos ramos de atuação e faz avaliação de ativos, projetos e organizações. "Trata-se de uma segunda opinião ou avaliação externa", explica o diretor executivo Gustavo Pimentel, reforçando que não se trata de uma certificação às empresas avaliadas. "O que nos permite fazer isso é nosso histórico, qualidade da equipe técnica, governança interna, que nos dá essa independência na provisão da avaliação, mostrando que não há conflito (de interesses)."

Especificamente na parte ambiental, a organização é verificadora aprovada pela Climate Bonds Standard & Certification Scheme para avaliar e certificar se uma operação de dívida gera benefícios climáticos. Na consultoria, há o desenvolvimento de estratégias adequadas à empresa, ponte com investidores e materialização do impacto socioambiental do negócio a partir da quantificação e monetização das ações.

Pimentel garante que uma empresa não pode receber consultoria e ser avaliada ao mesmo tempo e as equipes que realizam as atividades são diferentes. Pelo porte do serviço prestado, a Sitawi atende, tipicamente, médias e grandes companhias, mas o diretor executivo vê o potencial dos micro e pequenos negócios. "O ESG está chegando nas pequenas, tem recursos interessantes como o Instituto Ethos. O Sebrae tem centro de sustentabilidade, tem ferramentas e questionários de autodiagnóstico que podem ser usados."

Diretor executivo da Sitawi Finanças do Bem, Gustavo Pimentel considera que princípios de ESG serão cada vez mais exigidos das pequenas e médias empresas. Foto: Paula Giolito

Com foco em materializar os indicadores e impactos, a Seall lançou uma plataforma gratuita com ferramentas para ajudar micro e pequenas empresas a alinharem a gestão à Agenda 2030 da ONU. Uma primeira versão já está disponível no site da startup (clique aqui para ver) e novas funcionalidades estão previstas para o primeiro semestre de 2022. Mais de 20 protocolos nacionais e internacionais também são usados como parâmetro, além de indicadores e diretrizes do Global Reporting Initiative, tudo em linguagem facilitada.

"Dentro do sistema, a empresa vai conseguir entender com quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e metas ela mais contribui, entendendo o que é mais relevante para os stakeholders e para ela. O sistema também tem uma inteligência de recomendação de quais indicadores essa organização deve gerir", explica Gabriela Ferolla, diretora executiva da Seall e líder ESG do Grupo Houer, responsável pela plataforma.

As indicações também auxiliam as empresas a comunicarem melhor ao mercado as ações que realizam. "Por mais que muitas delas não acessem o mercado financeiro diretamente, a maior parte dos bancos, privados e de desenvolvimento regional, possuem produtos e serviços focados em sustentabilidade e liberam recursos a partir desses princípios", ela diz.

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Outra ferramenta gratuita foi lançada no começo de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), voltada para startups e scale-ups (empresas com alto crescimento sustentável). A Métrica de Governança Corporativa é uma autoavaliação das práticas internas das organizações para que elas reflitam sobre o próprio contexto e planejem uma jornada positiva em relação à governança. Veja aqui.

“A ferramenta não visa criar ranking, premiação, selo ou qualquer iniciativa que ateste qualidade, mas sim promover a agenda de governança corporativa neste público específico, em linha com a Agenda Positiva de Governança, contribuindo assim com o desenvolvimento da governança no Brasil”, informa o documento do projeto. Os pilares avaliados são: estratégia e sociedade, pessoas e recursos, tecnologia e propriedade intelectual, processos e accountability (responsabilidade por resultados).

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