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Construção mira ampliar o relacionamento

Pequenas empresas do setor investem na capacitação dos funcionários para garantir qualidade do serviço em períodos de crise

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Por Raul Galhardi
Atualização:
Paulo Ramalho, presidente da Repinte, apostou na capacitação dos funcionários para garantir qualidade no serviço. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

Apesar da crise econômica que abala o setor da construção, empreendimentos da área tem conseguido motivar seus funcionários e tornar as relações entre gestores e colaboradores mais próximas e efetivas. “Os colaboradores buscam empresas nas quais eles sejam ouvidos e sintam que o seu trabalho faz diferença”, afirma Ricardo Basaglia, diretor da empresa de recrutamento Michael Page.

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Nesse sentido, pequenas e médias empresas, como a Cemara Loteamentos, apostaram na aproximação com seu time. Há dois anos, a empresa mudou o organograma de gestão, de uma estrutura piramidal para a de um “sistema solar”, com os clientes no centro e os colaboradores ao redor. 

Durante a crise, que ainda está presente na área, a companhia adotou uma postura mais transparente e passou a explicar aos colaboradores qual era a situação do mercado e da empresa e a detalhar as medidas que seriam tomadas. “Com o empenho dos colaboradores, foi possível reduzir os custos administrativos em 14,5% em 2017 e em 10% neste ano”, conta Marcos Dei Santi, vice-presidente da Cemara Loteamentos.

“Temos funcionários com mais de 20 anos de casa”, relata Paulo Ramalho, presidente da Repinte, empresa de restauração predial. Ao longo do período de recessão, a Repinte investiu principalmente em treinamentos para a área responsável pelas obras, com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço. A empresa também contratou um consultor para treinar a presidência e os gerentes. 

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A estratégia é bastante similar à adotada pela incorporadora Embraplan. Segundo Vanessa Valério Gullo, diretora administrativa e financeira da companhia, o ano de 2017 foi dedicado para a reestruturação do departamento de recursos humanos.

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“Procuramos entender o que era importante para os funcionários. Percebemos que o reconhecimento do trabalho, a comunicação interna e a interação eram itens de extrema importância”, relata Vanessa. 

A empresa criou um programa que recolhe sugestões e premia ideias, passou a escrever e-mails personalizados para estímulos e agradecimentos e ainda passou a realizar confraternização. “São ações que geram menos cobranças, deixando o clima leve”, diz a executiva.

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