26 de junho de 2014 | 07h14
Exportar pela primeira vez é um desafio para pequenos e médios empresários. Enfrentar a competição de produtos de diversos países requer muito cuidado e análise, e qualquer passo em falso pode significar perdas futuras.
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E é para auxiliar os empreendedores brasileiros nessa tarefa árdua que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) foi criada. A Apex possui uma série de programas que dão suporte às empresas, inclusive as de menor porte.
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Nessas ações, é possível conseguir o apoio para realizar um diagnóstico da empresa ante o cenário internacional, inovar no design de produtos e até participar de rodadas de negociação para fechar parcerias lá fora. “Temos projetos que auxiliam no aumento da competitividade para colocar as empresas na frente do gol. Aí cabe a elas acertar ou não”, garante Márcia Nejaim, gerente-executiva de Competitividade da Apex.
Programa de extensão industrial exportadora (Peiex)
O Peiex tem por objetivo auxiliar a empresa que está se preparando para exportar. Por meio deste programa, a Apex oferece um raio-x nas condições atuais da empresa e do mercado externo que se quer conquistar. “Analisamos questões financeiras, contábeis, recursos humanos e a necessidade de produção em escala, dentre outras coisas”, explica Márcia Nejaim.
O projeto oferece uma capacitação aos empresários para que se prepare para começar as vendas externas. Apesar disso, o diagnóstico também pode ser desfavorável. “Podemos identificar que não é um produto exportável ou que as condições da empresa são tão críticas que não valeria a pena exportar”. O processo leva de dois a três anos, a depender do timing da empresa.
As análises técnicas são realizadas são realizadas pelos 32 núcleos operacionais da Apex, distribuídos em onze estados: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Pará e Goiás (Distrito Federal). Três unidades, no Rio de Janeiro, Santa Catarina e Goiás, estão em fase de reativação.
Como participar?
Nejaim explica que, caso tenha interesse de se inscrever para o Peiex, o empresário deve informar à Apex por meio dos contatos institucionais, disponíveis no site da instituição. A empresa não paga nada, mas precisa se comprometer a cumprir um plano de trabalho e a levar o projeto adiante.
Design Export
Realizado em parceria com o Centro Brasil de Design, a iniciativa oferece suporte para desenvolver produtos e serviços inovadores e mais atraentes. Criado no início de 2013, o programa espera lançar no mercado 70 novos itens para exportação até o fim deste ano.
Por enquanto, o Design Export só está disponível às empresas que já exportam, e em áreas específicas da economia. “Identificamos, com base em estudos estatísticos, os setores com maior propensão de ter no design um instrumento de alavancagem e impaco”, explica Nejaim. Nos critérios para esta avaliação, leva-se em consideração a competitividade e o valor das exportações.
Dentre os produtos, serviços e atividades contemplados, Nejaim cita o mercado de equipamentos médicos e hospitalares, a indústria de confecções e calçados, móveis, softwares, máquinas e equipamentos e iluminação.
Como participar?
O projeto firma parcerias com as associações setoriais a serem contempladas. Para participar, portanto, a empresa precisa entrar em contato com a associação que representa o seu ramo de atividade.
Missões internacionais
Com a finalidade de impulsionar as vendas externas e parcerias de empresas brasileiras com corporações do exterior, a Apex também organiza missões internacionais. Nelas, a agência realiza o “matchmaking” entre empreendedores daqui e eventuais parceiros de outros países. Os eventos ocorrem fora do Brasil e as passagens aéreas devem ser custedas pelas próprias empresas.
Como participar?
Nejaim orienta os empreendedores a se inscreverem no mailing da Apex, onde as missões são anunciadas com antecedência. As empresas, então, são avaliadas e aceitas ou não para participar do programa.
Brasil Trade Guide (BTG)
A proposta é aproximar compradores e investidores estrangeiros às empresas industriais exportadoras do País. As rodadas de negócios são realizadas aqui mesmo, no Brasil. O Brasil Trade Guide já conta com 560 empresas comerciais exportadoras ligadas ao projeto, com as quais os empresários brasileiros podem passar a ter contato.
O BTG também tem como foco no auxílio às micro, pequenas e médias empresas. O objetivo é fazer com que elas mantenham contato com os executivos estrangeiros e possam se integrar às operações de multinacionais. “Essas empresas podem, sim, fazer parte de cadeias globais e exportar”, afirma Nejaim.
Como participar?
Novamente, Nejaim sublinha a importância de estar inscrito no mailing da Apex para receber o aviso e ser informado sobre o lançamento de editais do programa. Dentre as empresas escolhidas para o BTG, as participantes do Peiex têm preferência.
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