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Conheça os gargalos que travam a expansão do comércio eletrônico no Brasil

Logística, tecnologia e investimentos em infraestrutura barram o aumento de vendas e também de receitas

Por Rodrigo Rezende
Atualização:

Atualmente, e apesar da expansão nítida do mercado, as empresas de comércio eletrônico enfrentam dois gargalos importantes. As travas estão nas áreas de logística e tecnologia, mas é possível driblar os problemas e o começo da solução está na contratação de profissionais mais capacitados. Pelo menos é essa a opinião de Sandra Vaz, vice-presidente de ecossistemas da SAP. A executiva acredita, inclusive, que investir em pessoas pode ser o diferencial do pequeno empresário em relação aos concorrentes.

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A questão da tecnologia, de acordo com Sandra, passa pelo investimento que o empreendedor está disposto a realizar – embora hoje a alocação de recursos financeiros seja menor em relação ao passado. Segundo ela, atualmente, é possível começar um negócio de e-commerce com R$ 10 mil.

Mas o pulo do gato, explica Sandra, é investir em sistemas inteligentes que auxiliem o empresário a conhecer o público-alvo e a aprender a se comunicar com esse novo consumidor que compra pela internet. "É importante antecipar as demandas do cliente para gerar receita incremental e isso pode ser obtido por meio de tecnologia", diz.

Ênio Garbin, executivo de smarter commerce da IBM, também acredita que a tecnologia está mais acessível aos empreendedores do comércio eletrônico. "O desafio é (saber) como usar isso para satisfazer o consumidor, que está cada vez mais querendo ser tratado de forma única, em todos os canais pelos quais fala com a empresa", analisa o executivo.

Garbin conta que há soluções de tecnologia para atender a essa demanda e também para auxiliar a resolver as questões de logística. "É possível e preciso gerenciar, controlar e acompanhar todo o processo de entrega do produto de maneira eletrônica e eficiente", afirma. Para Garbin, a logística precisa melhorar, mas esse assunto "não é o pior dos mundos no País". "Minha peregrinação na América Latina mostrou-me cenários bem mais complicados", conta.

Além de logística e tecnologia, há o problema da regulamentação do setor de comércio web no País, segundo avaliação de Gerson Rolim, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. O especialista também se mostra preocupado com a questão da infraestrutura. "O principal acelerador ou não do e-commerce é a estrutura de banda larga, que por aqui ainda é uma barreira", afirma.

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Rolim menciona, ainda, que essa questão está diretamente ligada com a ampliação das fronteiras desse mercado – essa relação, aliás, é bastante peculiar do Brasil e não se repete em todos os países. "O crescimento do comércio eletrônico é diretamente proporcional ao crescimento da banda larga", analisa.

Mobile. E se a preocupação dos empreendedores do setor está na logística, estrutura e em tecnologia, é bom prestar atenção também ao fenômeno mobile. Dados de pesquisa organizada pela E-bit mostram que o comércio por meio de smartphones cresce no País – a participação em volume de transações era de 1,3% em junho de 2012, passou para 2,5% em janeiro de 2013 e chegou a 3,6% em junho deste ano, de acordo com a pesquisa divulgada no final de julho pela entidade.

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