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Conheça histórias de casais unidos pelo amor e pelos negócios

Casais apostam na dupla parceria, mas especialistas recomendam muita cautela

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Por Cris Olivette e Oportunidades
Atualização:

Casados há 16 anos, o médico Gerd Schreen e a estilista Miriam Schreen Aguirre são sócios há dois anos numa clínica especializada em plagiocefalia posicional, a primeira do gênero na América Latina. Na Cranial Care, o casal compartilha o desejo de ajudar famílias a corrigir assimetrias cranianas em recém-nascidos. “Se o problema não for tratado no primeiro ano de vida, torna-se irreversível e pode gerar dificuldades no fechamento da mandíbula e desalinhamento visual”, informa o médico.

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A ideia de criar a sociedade surgiu depois que a filha mais nova do casal foi diagnosticada com o problema. Segundo o médico, o tratamento existe há 20 anos nos Estados Unidos e na Europa, mas no Brasil ainda é quase desconhecido. “Como não havia solução no País, tivemos de morar nos Estados Unidos por seis meses para fazer a correção.” ::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + :: Embora a clínica esteja em operação há dois anos, o plano de empreender conjuntamente começou há sete. Mas para concretizar esse desejo, Schreen, que é cirurgião vascular, precisou fazer outra especialização médica e cumprir uma série de procedimentos burocráticos, além de obter registro na Anvisa para trazer dos Estado Unidos as órteses, uma espécie de capacete, usadas durante o tratamento.

“A Miriam cuida da área de marketing e mídias sociais. Ao mesmo tempo, interage muito com os pais que chegam à clínica com elevado grau de ansiedade e insegurança.” Para o médico, trabalhar junto com a mulher é um desafio. “É preciso ter bastante maturidade e saber separar muito bem a vida pessoal e familiar das atividades da clínica. E isso nós temos conseguido fazer muito bem”, afirma.

Apesar desse desafio, a atividade aumentou a interação entre o casal, diz Schreen. “Ela passou a entender mais sobre meu trabalho e pode opinar de forma saudável nos casos, o que é muito construtivo.” Segundo o médico, Miriam cumpre com rigor quase excessivo as suas atividades profissionais.

Desde que a Cranial Care foi criada, mais de 200 crianças já foram atendidas. Mas no Brasil, segundo Schreen, deve haver mais de 350 mil casos. “O número demonstra o tamanho do desafio que temos pela frente.”

Já os empresários Ana Paula Doriguelo e Bruno Ferrari, que se conhecem desde pequenos e compartilham o mesmo teto há dez anos, sempre sonharam em ter um negócio. “A oportunidade surgiu quando vim trabalhar em Florianópolis. Nós estávamos pesquisando o mercado de franquias e percebi que aqui seria um bom local para montarmos uma unidade da inFlux English School”, conta Ana Paula.

Criada há um ano e meio, a escola de inglês é administrada por Ferrari, enquanto Ana Paula cuida da área pedagógica. Segundo ela, para esse tipo de parceira dar certo, cada um deve atuar em áreas diferentes na empresa. “Trabalhamos juntos, mas na correria do dia a dia não ficamos em contato o tempo todo.”

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Na opinião de Ana Paula, o relacionamento profissional não deve ser fácil para a maioria dos casais. “A não ser que os perfis se complementem, como é o nosso caso. Por incrível que pareça, é como se tivéssemos um botãozinho, porque quando vamos para casa conseguimos nos desligar completamente do trabalho.”

A história de Tiago Luz e Tânia Gomes não difere das demais. Casados há quatro anos, eles também desejavam empreender juntos. Sonho realizado há um ano, quando montaram a underDOGS, agência de marketing digital, que atende grandes empresas como Carrefour e Daslu.

“Essa experiência tem permitido um amadurecimento da relação, que talvez não ocorresse se não trabalhássemos juntos”, avalia Tânia. “Nós enfrentamos os mesmos problemas e acabamos nos conhecendo muito melhor. Acho que manter uma relação profissional tão estreita como temos, só dá certo se o casamento tiver dado certo primeiro.”

Tânia ressalta outro aspecto importante. “Temos muita confiança um no outro e isso faz toda a diferença no negócio.” A empresária revela, no entanto, que os dois possuem personalidade forte. “Tentamos sempre chegar a um consenso, porque quanto mais próxima é a relação, maior é o poder de argumentação para defender o seu ponto de vista.” 

 
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