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Conheça a história de quem está se dando bem com o sorvete mexicano no Brasil

Rede Los Paleteros tem fila de 1,6 mil pessoas interessadas em abrir uma franquia

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Elas não são um simples picolé. As paletas mexicanas são maiores, são feitas, em sua maioria, com ingredientes naturais, podem ser de fruta, cremosa ou recheadas e começam a se espalhar pelo Brasil. Em São Paulo, pelo menos três empresas investem nesse mercado. Elas se preparam para aumentar a produção e abrir novas lojas para aproveitar o verão.

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A maior rede é a Los Paleteros, fundada pelos amigos Gean Chu e Gilberto Verona. Eles se conheceram na faculdade de engenharia da computação e sempre tiveram a intenção de abrir uma empresa juntos. "Achávamos que o caminho estava na área de tecnologia, mas ao abrirmos o horizonte, encontramos o mercado de sorvete premium, que vinha em uma vertente forte", conta Chu.

Durante a pesquisa, a dupla percebeu que a maioria dos negócios focava no gelato italiano, mas não na característica do saudável e natural. A ideia foi investir nas paletas mexicanas, um sorvete no palito, fácil de ser consumido e feito sem produtos químicos.

A primeira loja foi aberta em Balneário Camboriú em dezembro de 2012, com o objetivo de testar o produto com consumidores de diversas partes do Brasil. Deu tão certo que a primeira franquia foi implantada em abril do ano seguinte. Hoje, são 36 unidades em funcionamento com previsão de fechar o ano com pelo menos 62 lojas. Em São Paulo, existem quatro lojas (Alameda Lorena esquina com a Consolação, Shopping SP Market, Shopping Pátio Paulista e Shopping Metrô Boulevard Tatuapé).

A fila de espera é grande para quem está de olho na franquia. A rede tem mais de 1,6 mil pedidos formalizados. De acordo com Chu, ao concentrar a produção das paletas em fábricas próprias, o franqueado tem uma operação simplificada com a venda de um produto pronto e precisa se concentrar na gestão, controle do estoque e no atendimento ao cliente. O investimento inicial varia de R$ 290 mil (quiosque) a R$ 435 mil (loja).

Atualmente, a fábrica produz 600 mil picolés por mês. Com o investimento em um novo maquinário, esse número vai aumentar para 2 milhões. Os números de faturamento acompanham essa expansão. No ano passado, a rede faturou R$ 6,3 milhões. Este ano, até junho, já foram contabilizados R$ 17,3 milhões com expectativa de fechar o ano com R$ 65 milhões a R$ 70 milhões.

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Em família. Os irmãos Marco, Marcel e Marcio Menzani junto com a amiga Roseane Santos abriram a paleteria Los Hermanos, no bairro Santana, em São Paulo, no começo do ano. O projeto já existia há três anos, quando os irmãos conheceram as paletas durante uma viagem ao México e tiveram a ideia de trazer o produto para o Brasil.

O bairro Santana foi escolhido para o início dos negócios por causa da ligação dos sócios com o local. "É a região onde nascemos e onde moramos. Procuramos montar em um lugar diferente do habitual para sentir a resposta do público", conta Marco. Em média, a loja vende 80 mil picolés por mês.

Até o fim do ano, a empresa deve abrir mais duas unidades, uma na zona sul e outra na região central. Em 2015, serão mais três ou quatro lojas, todas próprias. Só a partir de 2016 os sócios irão avaliar a possibilidade de franquear o negócio. Por mês, a Los Hermanos recebe 50 pedidos de abertura de franquias.

Amigos. Um pouco cansados de trabalhar com alta gastronomia, os amigos Gabriel Simões Jorge Fernandes e Ravi Rocha Leite resolveram investir nas paletas. Com algumas economias e ajuda de familiares, a dupla montou uma cozinha pequena e iniciou a produção para vender na Feirinha Gastronômica, em novembro do ano passado. "Foi uma forma de começar sem gastar muito. Começamos com uma produção semanal de mil picolés", conta Fernandes.

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Os amigos começaram a fazer outras feiras gastronômicas e conseguiram juntar dinheiro para abrir uma loja da Me Gusta Picolés Artesanais, na Rua Augusta, inaugurada em março. Atualmente, a produção média semanal é de 7 mil picolés. A intenção é triplicar esse número com a chegada do verão.

"O produto está se tornando cada dia mais frequente. E o que vai acontecer é uma saturação. Estamos tentando manter a qualidade do produto e manter um diferencial dos concorrentes, com sabores diferenciados", diz Fernandes, que pretende trabalhar com representantes em feiras gastronômicas e abrir quiosques em shoppings. 

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