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Confeiteiro brasileiro vira queridinho de Manhattan

Em uma das vizinhanças mais sofisticadas de Nova York, empreendedor recebe famosos de Hollywood e cria bolos em formatos inusitados

Por Danielle Villela e Thiago Mattos
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Hoje Rodolfo é um dos proprietários da Sweet Corner Bakeshop, misto de confeitaria e café em uma das vizinhanças mais caras de Nova York. “Eu trabalhava em escritório, tinha o meu horário e aqui essa loucura trabalhando em restaurante, limpando prato sujo. Mas se eu não tivesse passado por tudo isso, eu não teria aprendido sobre essa área”, conta. "Uma das vantagens daqui é que se dá muito valor ao trabalho, quando bem feito."

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Como a receita de pão de mel rendeu mais do que o necessário para o casal e estava deliciosa, o quitute foi distribuído entre amigos e colegas de trabalho. “O pessoal começou a pedir, um amigo que tinha um restaurante começou a vender... Aí a gente começou a entrar em um business que nunca imaginou”, lembra Rodolfo.

No começo da empreitada, todo dinheiro recebido era reinvestido na compra de livros de culinária e confeitaria e em mais material para testar novas receitas, já que Rodolfo é autodidata. A loja só se concretizou em 2012, quando uma cliente se interessou em investir no negócio. “Eu criei um projetinho de um café, onde a gente faz bolo com a cozinha aberta e todo mundo pode assistir”, diz Rodolfo.

Na Sweet Corner Bakeshop, o freguês degusta cafés, cookies, bolos, sanduíches e croissaints, além de iguarias brasileiras como brigadeiro e pão de queijo, enquanto bisbilhota através de uma vitrine o trabalho de Rodolfo com encomendas para eventos como aniversários e casamentos.

Do outro lado do vidro, Rodolfo trabalha pacientemente à mão moldando, colorindo e decorando bolos feitos por ele mesmo das mais inusitadas formas, como caneca de chope, câmera fotográfica, máquina de escrever e troféu. Tanta criatividade já rendeu ao confeiteiro o prêmio do “Bolo Mais Bonito da América”, dado por uma revista especializada na área, a Bride’s Magazine.

Para Rodolfo, no entanto, talento não é tudo para quem deseja abrir negócio em Nova York. Além de enfatizar a importância de conhecer o mercado em que se está entrando, Rodolfo diz que um empreendedor nos Estados Unidos precisa estar atento aos altos custos com aluguel e funcionários, além de outras especificidades locais. "A legislação daqui é muito peculiar, totalmente diferente das leis brasileiras. Moro há 11 anos aqui e continuo aprendendo a cada dia a cultura americana", diz.

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