Comida asiática rende milhões para empresários que atuam com franquias no Brasil

Redes que atuam no segmento faturaram R$ 365,1 milhões no ano passado, alta de 11% em comparação a 2012

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Os sushis, sashimis e yakissobas já fazem parte do cardápio do brasileiro, que incorporou a culinária asiática ao consumo rotineiro. Muito bom para as franquias do setor. Juntas, elas faturaram R$ 365,1 milhões no ano passado, 11,1% a mais que os R$ 328,4 milhões movimentados no ano anterior, de acordo com levantamento da consultoria Rizzo Franchise.

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Já são 28 redes que vendem comida chinesa e japonesa em 484 unidades espalhadas pelo Brasil. Mas mesmo diante de tanto sucesso, de acordo com Marcus Rizzo, especialista no setor, o segmento acompanha o crescimento do setor de franquias e a escolha de uma rede para investir deve seguir os cuidados básicos: pesquisar o mercado, a concorrência e conversar com franqueados já em atividade são ações que nunca fizeram mal a nenhum candidato a empreendedor no segmento.

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O mercado, aliás, já tem grandes redes, como o grupo TrendFoods – China in Box e Gendai –, que é comandado pelo empresário Robinson Shiba. O grupo Ornatus também trabalha com três marcas de alimentação asiática: Jin Jin Wok, Jin Jin Sushi e Little Tokyo, essa última formatada para áreas gourmet de shoppings.

Por incluir a culinária chinesa e japonesa no cardápio, o franqueador Marcelino Shimabukuro optou pela marca Jin Jin Wok. Ele investiu R$ 450 mil, em parceria com o sócio Helbert Cardoso, e abriu uma unidade no Buriti Shopping, em Mogi Guaçu. O negócio começou em fevereiro do ano passado e o empresário espera ‘pagar’ o investimento em um ano e meio. “Na praça de alimentação não temos concorrentes. Procuro estar sempre a frente do negócio. É um diferencial que ajuda muito no crescimento”, afirma Shimabukuro.

Opção. Outra rede que atua no setor é a marca Nakombi, que surgiu da brincadeira de amigos – usar uma Kombi para vender comida japonesa. O negócio chegou a ter 11 sócios, mas hoje estão no comando apenas duas pessoas: José Renato Vessoni e Francisco Giaffone. O primeiro restaurante foi aberto em 1997 e o negócio só partiu para a expansão por meio de franquias em 2008.

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A rede tem uma loja própria e três franquias e no momento pretende inaugurar unidades em áreas gourmet de shoppings – a ideia é abrir mais cinco lojas neste ano. O investimento varia de acordo com o tamanho da unidade pretendida, mas começa em R$ 500 mil. O faturamento médio é de R$ 150 mil por mês. “Já faz parte da rotina das pessoas comer uma, duas vezes por semana, comida japonesa”, afirma Vessoni.

Para quem se interessou em abrir uma franquia, um recado curioso de um dos proprietários da marca: a Kombi vermelha faz parte da operação da loja. “Temos um funileiro campeão, que compra pedaços de Kombi e monta uma especial para o restaurante. É como se fosse uma ‘Kombona’ gorduchinha”, explica Vessoni.

Marcos Santiago foi o primeiro franqueado do Nakombi. Ele era gerente da unidade do Shopping Jardim Sul quando os donos resolveram franquear a marca. “Em vez deles pegarem uma pessoa de fora e colocar na operação, eles acreditaram no meu trabalho e fechamos negócio. Se eu já cuidava bem, passei a cuidar melhor ainda do negócio”, conta o empresário. A unidade custou R$ 360 mil.

Hoje, Santiago também comanda a operação, com um sócio, da loja no Shopping Villa Lobos. Cada unidade registra faturamento médio de R$ 250 mil.

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