
30 de agosto de 2017 | 09h27
A Cless Cosméticos, empresa de médio porte, vai dar início a um ousado projeto em tempos de economia enfraquecida: entrará no mercado de venda direta para enfrentar, em diferentes nichos, gigantes como Natura, Avon, Mary Kay, Hinode e Jequiti. O projeto, previsto para ser lançado agora no início de setembro, conta com investimento de R$ 30 milhões.
“Nossa meta é chegar a um faturamento de R$ 1 bilhão em 2020 e, no médio prazo, ficar entre as dez maiores empresas de venda direta do País”, diz Luiz Piccoli, fundador da marca. Para alcançar esse resultado, a Cless pretende focar na formação de revendedores a partir do zero, uma prática pouco usual no mercado.
Consultores. A estratégia da empresa, dessa maneira, é atrair 50 mil empreendedores. Para isso, também investiu na criação de um coworking em Alphaville, em São Paulo. O espaço vai servir para a capacitação e aperfeiçoamento dos colaboradores, além de concentrar um estúdio para gravações, edições e treinamentos e uma área de entretenimento e interação para atender toda a equipe.
“Quando o mercado está retraído, muitas pessoas precisam complementar a renda. Nossa intenção não é só atrair essas pessoas. Nós queremos formar, queremos que os nossos consultores sejam empreendedores, com uma possibilidade real de transformar a venda direta em um negócio com ganhos competitivos”, afirma Piccoli. “Queremos gerar riqueza pelo caminho certo. E isso é possível quando você entende que os consultores precisam estar motivados e com possibilidades de crescer junto com a empresa”, acrescenta.
Detentora das marcas Charming, Lightner, Care Liss, Essenza, Bigen e BAX, a empresa incrementou o seu portfólio de varejo com 50 itens entre perfumes, maquiagens, produtos para cabelo, corpo e rosto para dar início a operação e, até o final de novembro, outros 70 produtos estão previstos para serem lançados.
Em 2014, 30% da empresa fundada em 2004 por Piccoli foi vendida para o fundo americano One Equity. Desde então, a Cless estudava uma forma de crescer no varejo. “Fizemos muitas pesquisas de mercado antes do investimento. Estamos seguros para entrar nele.”
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