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Cinco dicas que podem fazer o seu negócio prosperar ou fracassar se ignoradas

Especialistas e empreendedores como você mostram qual é o caminho certo para quem pretende iniciar uma empresa

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Por Rodrigo Rezende
Atualização:

 Uma boa ideia é fundamental. Mas só isso não basta. É preciso saber se existe mercado para executá-la e se ela é forte o suficiente para transformar o sonho empreendedor em uma árvore saudável, capaz de render frutos de maneira contínua.

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E para saber se você tem uma proposta interessante, nada de esconder sua ideia. A palavra-chave é compartilhar. Essa, pelo menos, é a recomendação de Nathalie Trutmann, diretora de inovação da Fiap, faculdade especializada em tecnologia. ::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + :: Dividir para somar. “Compartilhar a ideia com outras pessoas que possam agregar de alguma forma, ao contrário do que muita gente achava antigamente, é importante para desenvolver um novo negócio”, afirma Nathalie Trutmann. Segundo a especialista, mesmo que a proposta do futuro empreendedor não seja tão diferente assim, existe espaço para inovar.

“Tem de fazer bem feito e encontrar diferenciais. A inovação pode estar no produto ou no processo de produção, pode estar no serviço ou na forma de como fazê-lo”, acrescenta Nathalie.

Depois do início Largar bem é importante, mas o desafio será ainda maior após o começo da empresa. Segundo Alexssandro Melo, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), um bom exercício para o empresário iniciante é identificar o que mais está dando certo – uma campanha de marketing, um processo produtivo ou a tecnologia desenvolvida – e investir ainda mais nesse ponto-chave.

“O empresário tem que valorizar o ponto forte. Imagine, por exemplo, um restaurante que é pequeno, mas está sempre cheio. Alguma coisa faz com que ele seja muito procurado e o dono precisa saber o que é esse atrativo principal e aprimorá-lo ainda mais”, explica. Alexssandro destaca outro aspecto que deve ser considerado. “É muito importante planejar o processo sucessório em todos os processos. O dono vai ter que delegar, não vai mais poder fazer tudo sozinho.”

E para ajudar quem tem uma boa ideia, e pretende colocá-la em prática, pedimos para que analistas fizessem um apanhado do que levar em conta para ganhar espaço como empresário.

OportunidadesO que é preciso para dar certo no comércio, por exemplo? Para o consultor Plínio de Oliveira Junior, é necessário controle e gestão financeira eficiente. “Sem isso, não vai pra frente.” No setor de serviços, a qualidade é o principal aspecto. Segundo Marco Aurélio de Sá Ribeiro, coordenador do centro de empreendedorismo do Ibmec, “a reputação é o nome do jogo” no segmento. O especialista destaca dois fatores que devem ser priorizados: definir bem os procedimentos e processos e treinar os funcionários.

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Mas o setor com mais oportunidades para empreender hoje é o de tecnologia. Franco Margonari Lazzuri, gestor de TI do Cietec, aponta como destaque o mercado de aparelhos que se conectam à internet. “Esse segmento é chamado de ‘Internet of Things’. “Um sensor de contagem de pessoas instalado no corredor de um shopping para ver como elas agem diante de uma peça publicitária ilustra esse caso”, afirma o especialista.Cuidados Muitos empreendedores, de tão motivados que estão, pensam que o seu negócio já deu certo quando começam a prosperar. Mas é aí que eles podem estar enganados. Quem alerta sobre esse perigo é Ricardo Bastiero, coordenador do curso de administração e professor de economia do Instituto Mauá. “Começou a ter sucesso, o empresário acha que chegou ao Olimpo e que pode relaxar, mas é nesse momento que a empresa começa a decolar e é preciso ter visão para avançar.” O ideal, segundo o especialista, é não dar um passo maior do que o negócio permite. Ele enumera algumas dicas que considera essenciais. A primeira diz respeito aos sócios, que devem ter um pró-labore. A empresa também precisa de um profissional bom na área financeira, capaz de cuidar com eficiência do fluxo de caixa, e um especialista em tributos. E o mais importante: nunca se deve confundir vida privada com a profissional, tudo deve ser contabilizado. Esse último conselho pode ser ainda mais benéfico para empresas de gestão familiar. Fábio Frezzati, coordenador do curso de gestão Family Firms, da Fipecafi, afirma que ter um negócio desse tipo é bom e pode ficar ainda melhor se o grupo que cuida da gestão dedicar atenção especial a alguns pontos.

“Muitas empresas, de todos os portes, são familiares, o que mostra que é possível ter sucesso dessa forma. O grande erro é quando as pessoas trazem problemas familiares para dentro do negócio”, diz. Segundo ele, o caminho mais saudável é a família profissionalizar o gerenciamento. “Uma tendência é a criação de conselhos de gestão.”

Exemplo Ilana Braun, atual vice-presidente da Dermage, conta como funciona a administração da rede a fim de evitar problemas. “Temos três sócios que atuam no negócio e no conselho. Todos os diretores e demais colaboradores são executivos de mercado e, no momento, estamos em processo de sucessão em que dois membros da família (fundadora) ficarão somente no conselho”, afirma Ilana.

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Para a executiva, o que pode dar errado em gestão familiar é quando os interesses pessoais ficam à frente do que é bom para a empresa. “Esse não foi um problema da Dermage, pois sempre pensamos antes no negócio. Nossa cultura sempre foi nesse sentido.”

Carreira Outro aspecto importantíssimo na condução da sua empresa é a atenção com o funcionário. Segundo o consultor Fábio Avellar, os mais jovens nem sempre valorizam o tradicional plano de carreira, mas sim um sistema de mérito por produtividade. “O que o jovem talento quer é um ambiente bom e motivador, e isso pode importar mais do que o salário”, diz. Outro fator que contribui para motivar a equipe é a oferta de cursos de aprimoramento.

 
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