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Ceviche peruano pode ser hoje o que o temaki foi alguns anos atrás

Edgar Villar planeja a inauguração de duas unidades do Rinconcito Peruano em julho

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Para investir em um negócio duradouro, que não está fadado a morrer em poucos meses, o diretor da ECD Consultoria, Enzo Donna, aponta quatro atributos com os quais a empresa deve estar sincronizada: ser saudável, despertar o prazer, oferecer conveniência e praticidade e ter custo-benefício. “Se eu tenho um produto com esses quatro pontos a tendência é que esses modismos permaneçam”, afirma o consultor.

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A recomendação do especialista para quem pretende investir em um negócio é apostar na categoria e não no produto. No caso do cupcake, por exemplo, a dica seria abrir uma doceria ou confeitaria e não simplesmente uma ‘cupcakeria’.

O consultor alerta que o atual momento econômico exige cautela. Isso porque os negócios ligados à alimentação fora de casa, principalmente os relacionadas ao lazer, passam por problemas. “Esse gasto é uma das primeiras coisas que os consumidores sacrificam. É preciso fazer uma pesquisa com consciência e como os modismos se associam a essas tendências.”

Entre os modismos que vieram para ficar, o consultor aponta a comida japonesa, já consolidada no País, e as sorveterias italianas. Ele também aposta na culinária peruana, com destaque para o ceviche, prato típico de peixe cru marinado em suco de limão. “Tem toda essa linha de frutos do mar. É uma gastronomia muito forte na América Latina e na Europa e aos pouquinhos está entrando no Brasil. É uma tendência para ficar”, afirma o especialista. Segundo Donna, a culinária peruana, por ser baseada em frutos do mar, não é barata. No entanto, a japonesa enfrentou o mesmo problema e conseguiu se consolidar no Brasil.

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Quem já sente maior interesse pela comida peruana é o dono do restaurante Rinconcito Peruano, Edgar Villar. Ele abriu o espaço há dez anos na região central de São Paulo. Na época da inauguração, Villar não tinha conhecimento de nenhum outro estabelecimento parecido. Hoje, nas suas contas, já são 23 espaços na cidade.

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Ele reformou o restaurante, no fim do ano passado, para receber mais clientes. De 92 lugares, o espaço passou a abrigar 292 pessoas. “Agora a fila não é maior como era antes. Nos dias de maior movimento, a fila fica entre 10 e 15 minutos”, conta.

Expansão. Os planos do empreendedor peruano incluem a inauguração de novas unidades na cidade. Mais dois restaurantes devem abrir as portas em julho, também no centro, e um terceiro no bairro do Tatuapé está nos planos do empresário.

Para enfrentar a concorrência, Villar mantém a tradição: ingredientes, funcionários, música e decoração. Tudo peruano. “Ao entrar no Rinconcito é como se você estivesse no Peru. Difundimos muito a gastronomia da nossa cultura. Aqui o prato é servido igual no Peru, com porções bem servidas e preços em conta”, defende.

Segundo Villar, a culinária do País vizinho “está pegando” no Brasil. “Estamos participando de eventos para nos tornarmos mais conhecidos e logo, logo a comida peruana vai pegar com força. É saudável, gostosa e agrada o paladar do brasileiro”, afirma. Agora, é esperar para ver se o ceviche tem potencial para ser a nova paleta mexicana.

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