
12 de agosto de 2015 | 07h05
Empresários do setor de alimentação têm confiado na disposição do consumidor em gastar com pequenos prazeres, mesmo na crise, para projetar o crescimento dos seus negócios.
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Apesar da desaceleração do consumo por parte do brasileiro, observada nos últimos meses, redes como Spoleto e Outback, que participam da 14ª edição do Encontro PME, nesta quinta-feira, 13, planejam aumento médio de 20% em unidades.
No caso do grupo Bloomin’ Brands Brasil, responsável pelo Outback Steakhouse e Abbraccio Cucina Italiana, ampliar o horizonte de atuação significa trazer ao Brasil o conceito premium do restaurante Fleming’s Steakhouse & Wine Bar, rede consolidada nos Estados Unidos com 70 unidades em 28 estados norte-americanos.
“Entendemos que o brasileiro gosta de novidades, de um ambiente aconchegante, mas ao mesmo tempo, elegante. A proposta é levar cortes de carne de altíssima qualidade e variedade de vinhos incomparável. A nossa aposta é sempre encantar o consumidor com o ambiente, atendimento e a qualidade do que servimos”, explica o CEO da Bloomin’ Brands Brasil, Salim Maroun. “O Brasil merece um serviço que leve conhecimento bem detalhado dos vinhos da carta do restaurante e que harmonize com a refeição”, arremata o empresário, um dos executivos que transformou o Outback em um dos restaurantes preferidos do brasileiro.
Atuando na outra ponta do setor de alimentação fora do lar – atende a um público com poder aquisitivo inferior –, o Spoleto também tem uma estratégia bem definida para enfrentar momentos de adversidade, como o atual. Para Mario Chady, presidente da rede, o segredo para atrair o cliente reticente em gastar é oferecer bons preços aliados a um serviço exemplar e cardápio diferenciado.
“A alimentação fora do lar veio para ficar, não apenas nos grandes centros urbanos. Hoje, voltar para casa no intervalo para o almoço é inviável”, reflete o empresário. “No que diz respeito ao lazer, eu continuo achando que o ato de se dar o direito de sair para almoçar, jantar com os amigos, independentemente da faixa socioeconômica, vai continuar acontecendo.”
O ano difícil exigiu que a rede investisse em inovação, o que implicou em mudanças no cardápio, lançamento de novos produtos e promoções. O resultado do ajuste foi um crescimento estrutural de 20% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. Com um tíquete médio de R$ 25, Chady se considera competitivo em relação à forte concorrência nas praças de alimentação, maior foco de atuação do Spoleto. “Qualquer comunicado de preço que a gente faça vem com alto padrão de qualidade agregado”, analisa.
Mas a cereja do bolo na conquista do cliente em tempos de crise, na opinião do empresário, é a inovação. “Fazer melhor e de uma maneira mais eficiente, sem medo de errar, é uma maneira de inovar. Você não precisa inventar uma roda todos os dias, mas nada o impede de desenvolver uma roda melhor. Ou de colocar um carro sem roda para andar.”
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