A Campus Party começou em 2008 com foco quase total em entretenimento e cultura "nerd". Ao longo dos anos, entretanto, o evento passou a assumir um lado mais empreendedor. No encontro deste ano, que começa hoje e vai até o dia 5 de fevereiro, domingo que vem, no Centro de Exposições do Anhembi, em São Paulo, esse posicionamento está ainda mais claro.
A parceria entre o Sebrae e o Instituto Campus Party será expandida com o atendimento de três mil campuseiros, como são chamados os participantes do evento. Além das ações presenciais, a troca de conhecimento vai se estender também à plataforma campuse.ro, espécie de rede social global da Campus Party que hoje conta com mais de 400 mil usuários cadastrados, sendo 100 mil apenas no Brasil.
O Sebrae e o Instituto Campus Party já trabalham juntos desde 2011, quando começou o Projeto de Fomento ao Empreendedorismo Digital. O trabalho conjunto é parte dos esforços do Sebrae para modernizar sua imagem junto a um perfil mais jovem de empreendedores. Uma pesquisa realizada na edição de 2012 indicou que, na época, a instituição era vista basicamente como offline e sem conexão com os novos formatos de negócio digital.
Essa imagem desconectada permanece hoje e a importância de mudá-la fica claro com os resultados de uma pesquisa recente realizada pela instituição, segundo qual 60% dos jovens disseram empregar a internet para planejar e desenvolver uma ideia, 56% para criar e estruturar um negócio e 71% concordam que a web é um ambiente propício para o espírito empreendedor.
Além do convênio com o Instituto Campus Party, e parcerias pontuais com empresas como Google, Facebook e Microsoft, o Sebrae, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, também realiza desde 2013 um programa de aceleração com foco em startups, chamado InovAtiva Brasil. De lá para cá, 415 empresas já concluíram o programa, 229 apenas no ano passado.