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Café na bike é nova tendência entre empreendedores de São Paulo

Cidade tem pelo menos três negócios do tipo; empresas pensam em expansão por meio de franquias

Por Gisele Tamamar
Atualização:

A combinação bicicleta e café despertou o interesse dos empreendedores e motivou a criação de pelo menos três negócios desse tipo em São Paulo. Com a ideia de ser uma cafeteria sobre rodas, as bikes circulam em eventos fechados, feiras empresariais e gastronômicas. O modelo tem feito sucesso e as empresas traçam agora planos de expansão com possibilidade até de franquias.

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A relações públicas Marina Bandeira Klink, por exemplo, criou a bike '1 Café e a Conta' com foco em eventos. Sua ligação com a bebida começou com as fotos de cafés que fazia durante suas viagens para a Antártica. "Na hora que acaba a tempestade, começa a abrir o sol, tem prazer maior do que ir na cozinha, passar um café e ir do lado de fora ver as geleiras, olhar as paisagens e tomar um café, que parece que aquece até o coração? Era isso que eu comecei a fazer, a fotografar esses momentos de grande prazer", conta Marina, que é mulher do famoso navegador Amir Klink.

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Marina conta que quando se deu conta da quantidade de imagens que tinha no celular resolveu aproveitar o tema para entrar na brincadeira com as suas filhas. O desafio era obter o maior número de seguidores no Instagram. As fotos começaram a gerar interesse dos internautas e hoje, depois de dois anos, ela tem quase 25 mil seguidores que acompanham as fotos tiradas por Marina e por pessoas de todo o mundo que também enviam suas imagens.

A conta gerou um blog, um site e a oportunidade de criar um negócio. "Comecei a pensar em ter um ponto fixo, mas isso era fora de tudo que coloco no Instagram todos os dias. Comecei a pensar em um café móvel até chegar na bicicleta", conta Marina, que tem Tamara Barbosa como sócia. O projeto precisou de pouco investimento - R$ 25 mil - para sair do papel. A empresa tem compromissos marcados até 2016 e cobra a partir de R$ 3,5 mil para eventos com 300 pessoas, por exemplo. Um bartender e um barista servem as bebidas em copos personalizados. "A ideia não é vender café. Tem que contratar o serviço que pode incluir o café, drinks e acompanhamentos."

Já a Tasty Bike foi criada pelas amigas Carolina França, Fernanda Parlato e Carolina Feld após o trio enxergar uma oportunidade de servir cafés em feiras de negócios."Começamos pensando na solução que queríamos oferecer e procuramos um formato para atender. Percebemos que tudo se concentrava na praça de alimentação e que faltava mobilidade", conta Carolina França.

O investimento inicial para montar o negócio foi um pouco maior, de R$ 75 mil, incluindo duas bicicletas e um sistema de gestão. "Somos muito procuradas para franquias. Parece uma rota certa, mas precisamos amadurecer a ideia. Até o começo do ano que vem vamos crescer por conta própria", diz Carolina.

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Servir café em bicicleta também foi a alternativa encontrada por Guilherme de Oliveira para empreender. Formado em comércio exterior e com emprego no mercado financeiro, ele estava em busca de alternativas baratas para abrir o próprio negócio até criar o Oliver Brown Coffee Shop com investimento de R$ 7 mil.

A ideia do negócio surgiu da época em que ele estudou na Austrália e tomava café na porta da faculdade. Ele pegava a bebida no copo e saía andando. Nada de sentar em um lugar e tomar o café na xícara. "Não tenho paciência. E quando cheguei aqui só tinha Starbucks", conta Oliveira, que se estrutura para franquear a marca. Quando vende o café avulso, Oliveira optou pelo tamanho de 300 ml - a bebida custa R$ 7. Para eventos privados, ele tem a opção de copos menores para baratear o serviço.

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