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Bradesco anuncia R$ 3 bilhões em linhas de crédito para micro e pequenas

Prazo para contratação dos empréstimos também foi elevado, informa instituição financeira

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Por Aline Bronzati (Broadcast) e Agência Estado
Atualização:

As linhas de crédito que o Bradesco lançou nesta terça-feira, 24, para financiar micro e pequenas empresas num total de R$ 3 bilhões estão maiores e adequadas à necessidade desse público de financiamentos de mais longo prazo, de acordo com Octavio de Lazari Junior, diretor executivo do Bradesco. O limite foi elevado, conforme ele, em mais de 60%, de R$ 60 mil em 2012 para R$ 100 mil este ano.

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Além disso, o prazo para contratação foi estendido. Passou de 60 dias para cerca de 100 dias. A taxa mínima cobrada é de 1,78% ao mês. "Como aumentamos o valor de limite, achamos importante esticar o tamanho da linha para que não faltem recursos. Se a clientela precisar, o recurso está disponível", diz Lazari Junior, em entrevista ao Broadcast.

Embora o volume liberado este ano, de R$ 3 bilhões, seja maior do que o dos últimos anos, na casa do bilhão, o executivo afirma que, se necessário, o Bradesco está disposto a estender o prazo para contratação e também o montante já aprovado. Ele admite que este ano a demanda por crédito por parte dos empresários que administram os pequenos e médios grupos foi menor, mas que as expectativas para o último trimestre do ano são melhores.

"Normalmente, no último trimestre há uma recuperação natural, principalmente das micro e pequenas empresas, pois muitas delas têm 50% do seu faturamento concentrados neste período por conta das encomendas de final de ano", avalia Lazari Junior.

O executivo acrescenta ainda que as linhas lançadas hoje pelo Bradesco visam a dar fôlego para as empresas de menor porte que, no final deste ano, demandam crédito mais de longo prazo. São duas modalidades. Uma tem como objetivo financiar equipamentos, inclusive, usados, com prazo de 48 meses e 90 dias de carência. E a outra para capital de giro que pode ser usada no pagamento de 13º, compra de matéria-prima etc.

Lazari Junior atenta que o Bradesco tem desenhado produtos sob medida para micro e pequenas. No passado, conforme ele, os empresários utilizavam capital de giro para comprar máquina e ferramental, imobilizando os recursos que deveriam ser utilizados para a compra de matéria-prima. Agora, tem ocorrido, na sua opinião, uma "mudança silenciosa" desse público que está tem buscado linhas mais adequadas às suas necessidades, o que também tem contribuído para uma menor mortalidade desses grupos. 

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Sobre o risco de calotes das micro e pequenas empresas, o diretor do Bradesco diz que o banco está "muito confortável" e que a experiência com este público é de "longa data". A inadimplência deste segmento no Bradesco baixou abril a junho, de 4,2% no primeiro trimestre para 4,0% no segundo. O Bradesco conta atualmente com 1,4 milhão de clientes neste segmento, o que representa 92% do número do público de pessoa jurídica, e uma carteira de mais de R$ 121 bilhões.

Segundo Lazari Junior, o Bradesco está confiante de alcançar o guidance (projeção) de crescimento para a carteira de crédito em 2013. O banco trabalha com a expectativa de expandir o volume de empréstimos no centro da meta para este ano, de 11% a 15%. Esse intervalo foi revisado na divulgação de resultados do segundo trimestre. O anterior era de a 13% e 17%. 

"A demanda de crédito pessoa física continua bastante boa, principalmente, em consignado e imobiliário. Na pessoa jurídica, está mais retraída, com operações mais de BNDES e um pouquinho de operações mais de curto prazo. As grandes empresas estão mais voltadas para operações de debêntures e o mercado imobiliário para as construtoras retomou. Por isso, achamos que o último trimestre tem tudo para deslanchar para micro e pequenas empresas e que as linhas lançadas hoje serão muito apropriadas para hoje", conclui o diretor do Bradesco.

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