30 de outubro de 2013 | 07h38
Os sucos evoluíram e não são mais encontrados apenas nos tradicionais sabores laranja, limão ou abacaxi. Por isso, as empresas investem em uma categoria batizada de ‘suco vivo’ e usam até o sistema de vendas por assinatura para entregar a bebida na casa do cliente.
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A receita inclui maçã, folhas, legumes, raízes e grãos germinados, todos crus para manter intacta a propriedade dos nutrientes a serem consumidos. E como a recomendação é tomar a bebida em jejum, os negócios apostam nesse tipo de entrega.
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Uma dessas empresas se chama Esperanzza e foi criada em agosto de 2006, no Rio de Janeiro, pelo empresário Alvaro Socci – o empreendedor tem planos de faturar R$ 2 milhões nos próximos 12 meses.
O negócio começou quando o empresário, que também é produtor musical e tem formação como técnico agrícola, enxergou uma oportunidade. “Um dia, um amigo engenheiro me apresentou o suco vivo. Fui na casa dele e o vi misturando aquele monte de coisas. Achei gostoso. Em média, eu ficava doente uma vez por mês. Tomei o suco durante 30 dias e não fiquei mais. Nessa brincadeira já são 12 anos sem pegar gripe, resfriado”, defende.
Encantado, Socci ensinava a receita para amigos e até emprestava sua empregada doméstica para ficar um tempo nas casas dos amigos. “Depois que a empregada ia embora, as pessoas não continuavam fazendo o suco. Por isso, resolvi montar o negócio”, relata.
A assinatura básica das bebidas oferecidas pelo empreendedor custa R$ 189 por mês – entrega de segunda a sexta – e sobe para R$ 274 caso o cliente deseje receber o produtos todos os dias do mês. “O progresso tecnológico tem um custo grande para a saúde. Tudo tem consequências e precisamos reaprender a se alimentar e aprender a desintoxicar”, diz Socci.
Em São Paulo, a Do Vivo é comandada pelos sócios Anna Luiza Velho, Silvia Andreoni e Fabio Bellotti. A empresa começou no Rio de Janeiro, na época em que Anna teve um filho e estava acima do peso. “Comecei a fazer para mim, e como dava trabalho, resolvi vender na casa das pessoas”, lembra Anna. Ela mudou-se em 2010 para São Paulo. “Para resumir, o suco, além de ter um potencial de nutrição elevado, é antioxidante, desintoxica e é energizante”, explica Silvia. A entrega mensal (exceto fins de semana e feriados) na Grande São Paulo custa R$ 270 (garrafas de 300 ml) e R$ 380 (500 ml).
Iniciante. A Bisou também trabalha com a entrega na casa dos clientes, mas prioriza o serviço em três dias da semana. As biólogas Renata Aliberti e Regina Felix investiram R$ 40 mil para abrir o negócio em agosto e vendem três sucos e um leite de amêndoas.
“A receptividade é bem bacana e trata-se de um mercado crescente. As pessoas estão tomando consciência do quão importante a alimentação saudável é para o bem-estar, para a saúde”, destaca Renata. Cada garrafa custa R$ 15 e a Bisou trabalha com a logística reversa. Se o cliente devolve a garrafa, ganha desconto de R$ 0,50 na próxima compra como forma de incentivar o consumo consciente.
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