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Barba inspira e atrai pequenos empresários

De olho nos homens preocupados com cuidados pessoais, empresas apostam em nicho

Por Renato Jakitas
Atualização:

Mais maduro, o mercado de cuidados pessoais para os homens já começa a arriscar algumas iniciativas orientadas ao nicho, com espaço para certa inovação. São empreitadas ainda pequenas, centradas na internet e, repetindo um movimento que ocorreu nos Estados Unidos, elege a barba como foco de ação.

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Nos últimos meses, pelo menos cinco lojas virtuais foram lançadas para atender a demanda masculina por cosméticos. Duas delas atuam exclusivamente com produtos para os barbudos, como é o caso da carioca Sobrebarba e da paulistana Beardbrasil, e uma delas, também de São Paulo, a Home Shave Club, para quem quer se ver livre dos pelos no rosto. A escolha desses empreendedores pelo nicho, claro, não é aleatória. Dados da empresa de pesquisa Euromonitor apontam que dos US$ 4,7 bilhões movimentados pela área de cuidados pessoais para homens em 2014 no Brasil, mais da metade (US$ 2,7 bilhões) vieram da receita com a venda de produtos para barba - crescimento de 120% em cinco anos. Segundo a mesma Euromonitor, o mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais movimentou US$ 43 bilhões no Brasil em 2014. "Esse negócio da barba é um segmento que a gente espera ainda muito crescimento", afirma Arthur da Costa, fundador do clube de assinaturas de lâminas para barbear Home Shave Club. "Há um ano, quando estava pesquisando sobre o setor, só existiam dois 'players' nos Estados Unidos. Quando lançamos o nosso clube, já havia um site do tipo em todos os grandes mercado do mundo, da África do Sul a Cingapura", diz. Com a ajuda de dois sócios, Costa aplicou R$ 200 mil para iniciar a operação de seu clube de assinaturas, que a partir de R$ 8 entrega em planos mensais, bimensais ou trimensais lâminas para barbear em todo o Brasil."Nosso foco são os profissionais que precisam estar barbeados: médicos e profissionais de saúde, alguns advogados, garçons", diz o administrador de empresas. Ele fechou parceria para revender no País, dentro do modelo de recorrência, as lâminas da sul-corena Dorco. "Esse é um mercado gigantesco, mas dominado pela Gillette (da Procter & Gamble). Se a gente comer 0,5% das vendas, nossa, eu estou rico", diz ele, trazendo na ponta da língua os números do relatório Homescan Panel, da Nielsen, que informa que 800 milhões de lâminas de barbear são consumidas por ano no Brasil. No Rio de Janeiro, desde o começo do ano, o publicitário Samuel Tonin é outro empreendedor que dedica-se integralmente ao segmento. Ele é dono da Sobrebarba, marca de produtos para cuidados com a barba que tem na internet seu principal canal de comercialização.

 
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