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Aumenta o nível de sobrevivência das pequenas e microempresas em SP

Levantamento foi organizado pelo Sebrae nacional e mostra dados otimistas

Por Carolina Dall'Olio
Atualização:

As pequenas e microempresas de São Paulo estão sobrevivendo mais. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Sebrae indica que no Estado o nível de sobrevivência dos empreendimentos subiu de 74,4% para 77%. Isso quer dizer que a cada 100 empresas abertas em 2006 - ano usado como referência para o estudo -, 77 continuaram em atividade após os dois primeiros anos de vida.Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para um negócio. De acordo com especialistas, é neste período que o empreendedor precisa conquistar uma base sólida de clientes, tornar-se conhecido no mercado e tornar a investir a maior parte das receitas obtidas no próprio empreendimento. Além disso, o empresário precisa lidar com dificuldades de gestão."O ambiente legal está muito mais favorável desde a criação do regime tributário do Supersimples, que já conta com 5,5 milhões de optantes", afirma Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional. De acordo com ele, a criação da figura do Empreendedor Individual, que conta com 1,6 milhões de cadastros, também contribui para a verificação de resultados positivos na pesquisa não apenas em São Paulo, mas também em outros estados do País.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook ::Segundo o levantamento, em todo o Brasil, a cada 100 micro e pequenas empresas abertas, 73 permanecem em atividade após o primeiro biênio. O estudo Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil apurou que das 27 unidades da federação, 18 aumentaram o índice de sobrevivência em relação ao levantamento anterior - dos negócios que nasceram em 2005, 71,9% sobreviveram por dois anos, contra 73,1% registrados entre os empreendimentos criados em 2006, ano-base da pesquisa.

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A indústria é o setor que apresenta o maior índice de sobrevivência: 75,1%. "Como montar uma indústria exige mais investimento, há um cuidado maior do empreendedor com o planejamento do negócio, o que diminui o número de empresas que fecham as portas", analisa Barreto.Acompanhe a taxa de sobrevivência conforme cada região do País (2006)Sudeste - 76,4%Sul - 71,7%Nordeste - 69,1%Centro-Oeste - 68,3%Norte - 66% Veja quais são os dez estados com taxa de sobrevivência superior a média nacionalRoraima - 79%Paraíba - 79%Ceará - 79%Minas Gerais - 78%São Paulo - 77%Distrito Federal - 75%Píauí - 75%Alagoas - 74%Rondônia - 74%Espírito Santo - 73%

Taxa de sobrevivência por setor

Indústria: 75,1%Comércio: 74,1%Serviços: 71,7%Construção civil: 66,2%Avaliação do Sebrae: porque os negócios sobrevivem mais:: O ambiente legal está mais favorável desde o Supersimples :::: A criação do Empreendedor Individual favoreceu o início de um negócio :::: O pequeno empreendedor está buscando capacitação e inovação ::Empresários contam suas históriasPara a Agência Sebrae de Notícias, pequenos empresários comentaram a respeito da pesquisa. Para o mineiro Paulo Vladi, dono de uma empresa que produz produtos médios-odontológicos, o mais difícil é conquistar visibilidade no mercado. "Os dois primeiros anos serviram para me auxiliar a encontrar o nicho de mercado, traçar o perfil da empresa", afirmou.A empresária paulistana Raquel Cruz, dona da empresa de cosméticos Feitiços Aromáticos, conta que a área financeira da empresa, nos primeiros anos de funcionamento, foi um problema, afinal, ela não tinha formação na área administrativa. Já o empresário Antônio Bentes, de Boa Vista, precisou adotar medidas drásticas para garantir a sobrevivência da livraria Saber. "Trabalho com uma equipe muito enxuta (três funcionários) e até café para os clientes eu parei de servir. Mas só assim você pode competir com as lojas online", finaliza.::: LEIA TAMBÉM ::::: Descubra como faturar mais no Natal :::: Inspire-se com histórias de sucesso :::: Erros que podem acabar com qualquer negócio ::

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