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Atenção ao planejamento vai fazer a diferença nos próximos meses

Próximos meses devem ser marcados por ajustes ortodoxos na política econômica

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Por Renato Jakitas
Atualização:

Voltar as atenções para a própria gestão, buscando ferramentas para ganhar eficiência e compensar o momento adverso. Em suma, essa é a mensagem de economistas e consultores para que o empreendedor enfrente os próximos meses, que devem ser marcados por ajustes ortodoxos na política econômica e, como consequência, uma provável estagnação no cenário local.

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“(O momento) é de trabalhar com um sistema de planejamento orçamentário muito certinho. E eu estou falando isso porque, com um cenário de estagnação ou retração econômica, a possibilidade de repasse de eventuais gastos para o preço vai ficar reduzido”, destaca Alexandre Cunha Leite, professor de economia da Universidade Estadual da Paraíba.

Por planejamento, o economista refere-se a exemplos como o do consultor Bruno Furtado, sócio da McKinsey, que recomenda para seus clientes focarem em novas estratégias comerciais. “Esse é o momento de empregar ferramentas mais sofisticadas de precificação e prestar atenção na equipe de vendas”, observa. “O brasileiro precifica seu produto com base na concorrência, quando na verdade deveria empregar métricas e levantamentos mais complexos para alcançar, com um mesmo produto, públicos diferentes”, conta Furtado, que também destaca a importância de uma gestão mais próxima do departamento comercial. “Quando o mato é alto, a economia está favorável, vendedores regulares trazem receita e são aceitáveis. Em momentos mais difíceis, é preciso concentrar esforços nos melhores.”

Frederico Turolla, sócio da consultoria Pezco e professor da ESPM, chama a atenção para a condução flexível do negócio, atributo que pode ser usado como arma. “Apesar de todas as dificuldades, o empresário tem de ter em mente que, em geral, empresas pequenas podem se desatrelar mais facilmente da conjuntura macroeconômica”, aponta. “Uma opção pode ser modificar. Se está difícil vender para um determinado setor, ele tem condições, por ser leve, de redirecionar a empresa para outra área, outro perfil de consumo”, observa Turolla.

Já Guilherme Mello, da Unicamp, aposta em nichos cobertos por licitações públicas. “Eu acredito no governo como coordenador de investimentos. Nichos como logística e infraestrutura podem reagir.” 

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