25 de março de 2015 | 07h09
Primeiro, a confecção não deu certo. Depois, uma loja de atacado. O resultado: sem empresa, sem carro e com um prejuízo superior a R$ 1 milhão. Essa história está relatada em detalhes no livro Quebrei – guia politicamente incorreto do empreendedorismo, escrito por Leonardo de Matos. De acordo com ele, a ideia de expor seu fracasso é encorajar outras pessoas a fazerem o mesmo.
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“Isso talvez melhore a cultura empreendedora e diminua a mortalidade das empresas”, acredita. Mas o processo não foi fácil. Logo depois de quebrar, Matos tinha vergonha até de sair na rua. “A pessoa é tida como incompetente, que deu um passo maior que a perna. Por isso, as pessoas têm receio de falar que fracassaram. Isso é muito triste porque faz com que os outros também não falem.”
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Depois de uma fase depressiva, Matos resolveu recomeçar. Ele negociou a dívida com os bancos, atualmente paga parcelas mensais, e não desistiu de empreender, cuida de uma nova confecção no interior de São Paulo. No negócio, ele atua mais diretamente na área de vendas. “Voltei para a rua. Quando eu comecei, no porão de um hotel, eu ganhava dinheiro vendendo e para fazer a empresa crescer eu parei de vender. Você tem que trabalhar com o que tem talento. Esse negócio de empreender é duro e difícil. Não é para todo mundo”, afirmou.
Para Matos, a principal lição que ficou do fracasso foi assumir que a culpa foi dele próprio. Hoje, ele também dá total importância para o planejamento. “Acho que existe uma confusão que empreender é um mar de rosas. Tem gente que juntou R$ 100 mil, R$ 200 mil a vida inteira e perde tudo em um ano. Está faltando mão na massa e capacidade empreendedora”, diz.
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