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Aplicativos se defendem das queixas dos restaurantes

Em relação às taxas, por exemplo, empresas dizem que valor aumenta de acordo com os serviços adicionados

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Por Bianca Zanatta
Atualização:

Os três principais aplicativos de entrega do País (iFood, Uber Eats e Rappi) foram procurados para se posicionar sobre as principais queixas do setor de alimentação. No caso das taxas, por exemplo, Diego Barreto, vice-presidente de estratégia e finanças do iFood, argumenta que a taxa pode começar em menos de 10%.

Exclusividade. Apps fazem contrato com estabelecimentos Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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O valor aumenta de acordo com os serviços adicionados pelo estabelecimento na plataforma, podendo chegar até à taxa máxima, que corresponde ao full service (intermediação da plataforma, antifraude, pagamento online, logística, ações de marketing etc.). O presidente da Rappi no Brasil, Sérgio Saraiva, aponta que o aplicativo tem as mesmas funcionalidades citadas pelo iFood, com taxas 30% a 40% menores. O Uber Eats, por meio da assessoria de imprensa, também cita as mesmas funcionalidades, mas argumenta que as taxas são negociadas caso a caso com os restaurantes parceiros.

Em relação aos contratos de exclusividade, o iFood afirma que exclusividade nunca é a primeira opção na negociação e que uma minoria de parceiros possui. Diz que são contratos com caráter de investimento e função de expandir cozinhas e exposição da marca. A duração máxima é de dois anos, com multa decrescente com o passar do tempo.

A Rappi diz que contratos de exclusividade buscam proteger uma parte do mercado do aplicativo e garantir investimentos nos próprios parceiros, porém é importante que o número seja limitado para garantir mais ofertas para o público final. O Uber Eats argumenta que qualquer acordo de exclusividade deve ser benéfico para as partes, ajudando no crescimento dos empreendimentos. Entende, no entanto, que o mercado caminha para uma tendência multi-app, com restaurantes presentes em todas as plataformas.

Visibilidade

Quanto à visibilidade nas plataformas, o iFood diz que existe a limitação do tamanho de tela, que é uma frustração em qualquer aplicativo, mas a seleção é feita de forma a privilegiar o consumidor, associando localização às preferências do cliente. Fatores como nota do estabelecimento e qualidade do serviço também interferem no ranking.

O Rappi diz que o índex combina geolocalização, algoritmo (hábitos do consumidor), análise dos restaurantes que mais vendem na região (experiência do usuário), eventuais promoções (do Rappi ou do parceiro) e nota do estabelecimento. O Uber Eats diz que a disposição de opções na tela varia de acordo com a localização do usuário, do seu histórico de pedidos e das avaliações feitas (restaurantes mais bem avaliados serão mais bem ranqueados pelo algoritmo). Isso significa que duas pessoas, uma ao lado da outra, podem abrir o aplicativo e visualizar opções diferentes. 

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Fechamento

Em relação à questão do fechamento virtual de lojas ou diminuição do raio de entrega, o iFood diz que a plataforma é um sistema que equilibra capacidade de produção do restaurante, capacidade de processar o volume de pedidos e capacidade de entregas. O fechamento automático (e não seletivo) acontece para evitar que o consumidor seja prejudicado. Uma alternativa é optar pelo modelo híbrido – aí o estabelecimento se responsabiliza por entregas que o aplicativo não possa fazer.

O Rappi afirma que, para trabalhar produtividade e qualidade, o mecanismo por algoritmo precisa diminuir o raio se há falta de entregadores ou quando promoções superam a capacidade de produção da cozinha. Em dias de chuva, a solução da utilização de carros foi uma forma de minimizar a questão. Já o Uber Eats diz que são os próprios estabelecimentos que determinam os horários que ficarão abertos na plataforma. 

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