05 de novembro de 2011 | 18h02
O temor de que a crise do hemisfério norte cruze a linha do equador e balance o Brasil não tira o sono dos analistas convidados a participar do debate ‘A economia para as pequenas empresas em 2012’. Eles consideram que ainda é cedo para cravar estimativas mais seguras. Mesmo assim, concordam que há uma série de aspectos favoráveis aos empreendedores.
E o bom desempenho do mercado interno continua sendo a principal alavanca para todo esse otimismo. Afinal, com dinheiro na mão, o brasileiro tem demonstrado contínua vontade de consumir. E isso tem ajudado os empresários do comércio, serviço e até mesmo da indústria.
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Além disso, a aproximação de grandes eventos organizados pelo País, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, garantem mais investimentos por parte do governo em infraestrutura. Acompanhe a seguir a opinião dos especialistas sobre o cenário econômico.
Caio Megale, analista econômico do Itaú
As pequenas e médias empresas devem passar com sobras pelos próximos meses. Segundo Megale, o nível de endividamento do empreendedor está menor agora do que três anos atrás, quando eclodiu a última crise econômica. E isso facilita a vida do empresário em momentos de dificuldade.
José Luiz Rossi Júnior, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)
A tônica dos próximos meses, analisa o professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), deve ser de cautela em relação aos investimentos. Mas nada tão sério a ponto de preocupar o pequeno empresário, afinal, o Brasil deve crescer cerca de 4% este ano. Esse ritmo, inclusive, é considerado consistente pelo governo, que ainda preocupa-se em manter sob controle fantasmas do passado, como a inflação.
Bruno Caetano, superintendente do Sebrae-SP
Se os investimentos para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos não fizeram até o momento muita diferença no cotidiano das empresas, a situação deve mudar rapidamente. O superintendente do Sebrae-SP espera uma injeção de R$ 142 bilhões nos micro, pequenos e médios negócios por conta desses eventos. Isso, segundo Caetano, deve melhorar as previsões que indicam redução do nível de crescimento.
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