PUBLICIDADE

Amor por SP inspira grupo de empresários

Negócios aproveitam para ganhar dinheiro com a venda de produtos que exaltam a capital e seus pontos turísticos

Por Gisele Tamamar
Atualização:

São Paulo é a cidade da poluição, do trânsito, do caos. Mas também é a capital dos negócios, da gastronomia e do entretenimento. Por isso, a metrópole do ‘ame e odeie’ recebe 12 milhões de turistas por ano e inspira negócios que ‘vendem’ a cidade. São camisetas, canecas, maquetes e imãs que estampam a bandeira, os símbolos e seus pontos turísticos.

PUBLICIDADE

::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

Além dos homens de negócios e dos interessados na Copa do Mundo, esses empreendedores apostam no movimento atual de valorização da cidade organizado por seus próprios moradores. “O paulistano, infelizmente, fica devendo para o carioca, que ama a cidade dele e mostra isso. Mas estamos nessa campanha de valorizar a cidade e 70% dos nossos clientes moram em São Paulo”, diz Ricardo Ortega, sócio com Leonardo Pecsi da empresa Vista Sampa.

Focada em peças de vestuário, o negócio inaugurou neste mês uma loja dentro do Bar Brahma e explora a fama da esquina mais conhecida da cidade – Ipiranga com Avenida São João. A marca também tem planos de expansão por franquias, que exigem investimento inicial de R$ 100 mil.

Outra marca que tem a capital como foco e está em negociação para abrir novas franquias é a Sampa in Stampa. Anneliese Lukine Martins trabalhou dez anos em uma empresa que administrava terminais rodoviários e percebeu a falta de produtos sobre São Paulo. Diante da oportunidade, ela começou o negócio em 2007.

“Conversando com um colega, ele disse que a ciclofaixa trouxe uma autoestima especial para o paulistano. E é verdade. Tem um monte de lugares que a gente só enxerga da janela do carro”, diz Anneliese. A empresa também trabalha com uma linha cujo tema é o Brasil. “Se o turista estrangeiro está de passagem e vai ficar três dias, ele quer produtos do Brasil porque São Paulo não significada nada para ele. Diferente do Rio de Janeiro, que tem o Cristo. Mas se ele passou uma semana, dez dias, ele quer São Paulo porque criou uma referência da cidade”, afirma a empresária.

A marca tem 40 lojas parceiras e quiosques nos shoppings Frei Caneca e Light. O plano é abrir mais três lojas nos próximos seis meses. O investimento inicial para abrir uma unidade gira em torno de R$ 50 mil. A empresária Andrea Nehr também enxergou uma oportunidade. Ela trabalha como guia turística há 18 anos e notou a dificuldade do turista encontrar pequenas lembranças da capital.

Publicidade

Ela então resolveu abrir a própria empresa, a De-Sampa, em dezembro. Os produtos são comercializados pela web, mas a empresária pretende ganhar força com grandes vendas para albergues, hotéis, agências, lojas e empresas de eventos.

A De-Sampa trabalha com 300 produtos diferentes e oferece ao consumidor de imãs de geladeira a maquetes dos principais pontos turísticos da cidade. Para começar, Andrea conta ter investido aproximadamente R$ 20 mil no estoque.

Quem também vende lembranças da capital é a MercaPoint, instalada dentro do Mercado Municipal. Depois de crescer trabalhando com o pai na barraca Rei do Camarão, também instalada no Mercadão, Hugo Leonardo Freitas queria mudar de vida, abandonar os perecíveis. Por isso, ele abriu o negócio em 2011. Freitas foi adaptando o local com o passar do tempo e priorizou os produtos mais pedidos pelo consumidor. “A loja é pequena, precisei priorizar e fiquei no arroz com feijão, com lembranças mais simples.”

Turismo. Com a proposta de oferecer passeios a pé pela cidade, os sócios Luís Paulo Simardi e Shirley Dany criaram a Giro in Sampa. A empresa realiza um free walking tour todos os domingos pelo centro histórico (os participantes pagam quanto acham que o passeio valeu). A empresa também promove visitas alternativas, pelo bairro do Pari por exemplo, com direito a conhecer restaurantes. “Queremos desvendar uma São Paulo que não está em evidência aos olhos”, afirma Simardi.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.