Alimentos baratos no varejo e no atacado causam queda no IGP-M

Segundo a FGV, trajetória de preços moderados provocou a deflação de 0,11% na segunda prévia do IGP-M em fevereiro

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Por Alessandra Saraiva e Agência Estado
Atualização:

A trajetória de preços moderados dos alimentos no varejo e no atacado provocou a deflação de 0,11% na segunda prévia do IGP-M em fevereiro, a menor taxa em sete meses para segunda prévia. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, itens representativos da cesta básica do brasileiro mostraram, neste começo de ano, quedas e desacelerações de preços expressivas.

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É o caso das quedas encontradas em tomate (-14,99%); carnes bovinas (-4,29%); leite industrializado (-2,67%); e óleo de soja refinado (-0,99%). "Há um quadro benigno nos preços dos alimentos no atacado, de maneira geral", avaliou. Outro ponto lembrado pelo especialista é o comportamento favorável das commodities, representadas pelas matérias-primas brutas agropecuárias, que ficaram 0,55% mais baratas na segunda prévia de fevereiro.O cenário de preços em baixa nos alimentos derrubou os preços do setorno varejo (-0,06%) e foi principal fator para a desaceleração da inflação varejista (de 0,81% para 0,19%) entre janeiro e fevereiro. ::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + ::

O impacto dos alimentos na segunda prévia de fevereiro foi tão forte que diminuiu a influência, na inflação, do enfraquecimento da  deflação no minério de ferro (de -5,66% para -3,99%). O produto é o de maior peso no atacado, e passa, no momento, por um período de ajuste, após quedas sucessivas no final do ano passado, provocadas por menor demanda global. "Isso não representa melhora na procura pelo produto. O preço está tentando se equilibrar no cenário atual", afirmou.

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