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Advogada se inspira no nascimento do filho para abrir loja especializada no segmento infantil

Negócio cresceu 100% nos últimos 12 meses e demonstra tendência da mulher empreender

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Por Cris Olivette e oportunidades
Atualização:

A advogada Helena Toledo é empresária há apenas dois anos e conta que está adorando a nova condição. “É uma iniciativa bastante desafiadora e me sinto realizada.” A cada obstáculo superado, Helena se descobre uma pessoa empreendedora. “Tenho uma veia de marketing que eu desconhecia. Porém, para lidar com as finanças estou fazendo cursos no Sebrae”, revela.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

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Ela decidiu ter o próprio negócio há três anos, quando seu filho nasceu. “Percebi que havia boa oportunidade no segmento infantil.” Com a ajuda do marido pesquisou o mercado. “Concluímos que era um setor com espaço para crescer, economicamente viável e financeiramente interessante”, afirma.

Criada há dois anos, a loja Baby Stuff cresceu mais de 100% nos últimos 12 meses. “Tenho conseguido fidelizar os clientes por trabalhar com um mix de produtos de qualidade, com foco nas classes A e B.” Para a empresária, o grande segredo para ter sucesso no varejo é trabalhar com produtos diferenciados, ter preço competitivo e oferecer um ótimo atendimento. 

Assim como Helena, em dez anos mais de 441 mil mulheres ingressaram no mundo dos negócios só no Estado de São Paulo. Estudo do Sebrae-SP aponta que nesse período a participação feminina cresceu 25%, o que demonstra que as mulheres têm muito o que comemorar no próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Agora, elas são mais de 1,43 milhão.

“Em 2000, elas representavam 28% do total de 3.497.016 de empreendedores e empregadores do Estado de São Paulo. Em 2010 esse índice saltou para 35% do total de 4.113.747. Foi um crescimento bastante acentuado para um período de dez anos”, diz o superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Ele diz que as mulheres têm as mesmas habilidades que os homens. “E os desafios para fazer uma empresa dar certo independe do fato de o dono ser homem ou mulher, ambos enfrentam as mesmas dificuldades.”

A psicóloga Sueli Conte, no entanto, pode ser considerada uma precursora do movimento empreendedor feminino. Há 29 anos ela fundou o Colégio Renovação. Hoje, sua instituição de ensino conta com cinco unidades, emprega 302 pessoas e atende 2.350 alunos. 

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“Eu já trabalhava com educação e comecei a escola com uma pequena unidade. Para Sueli, a expansão do negócio é decorrente de sua total dedicação e extrema atenção dada aos alunos e seus pais. Para ela, outro ingrediente para o sucesso é gostar muito do que faz e fazer com carinho. “A parte financeira é importante, mas não deve ser encarada como a mais importante”, salienta. Inovação é outra característica que move a educadora. “Viajo todos os anos para conhecer novos métodos de ensino e implantá-los no colégio.” 

Na visão da diretora de gestão de pessoas da GVP IT Solution, empresa especializada em tecnologia e inovação para gerenciamento empresarial, Karin Campos, não existe uma fórmula pronta para as mulheres serem empresárias de sucesso. 

“Acho que ter muito equilíbrio emocional é o mais importante. Assim dá para cumprir os papéis de empresária, mãe e mulher, sem deixar de lado os estudos, porque precisamos nos manter atualizadas.” 

Karin afirma que características como persistência e dedicação são ingredientes importantes. “A mulher já traz com ela força e capacidade para mesclar várias atividades paralelas. Basta ter um objetivo, manter o foco e ter equilíbrio para atuar em várias frentes.” 

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A vida de executiva não atrapalhou seu desejo de ser mãe. Ela teve três filhos. “É possível conciliar tudo muito bem. É puxado, mas consigo ter uma relação de qualidade com as crianças, acompanhar os estudos, as lições e participar das reuniões na escola. Claro que também conto com uma estrutura em casa e o apoio de familiares.” 

A dentista Carla Renata Sarni, fundadora da franqueadora Sorridents Clínicas Odontológicas, afirma que também conciliou muito bem a maternidade com os negócios. “Sou uma mulher muito prática. Nos dois partos que tive fiquei em casa cerca de dez dias apenas. Claro que para continuar trabalhando precisei montar uma estrutura.” 

Segundo Carla, determinação e comprometimento são posturas indispensáveis para quem pensa em empreender. “Hoje, percebo que muitas pessoas não têm comprometimento e desistem no primeiro obstáculo.” 

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Superar obstáculos aliás, foi constante em sua vida durante o período em que cursou a faculdade. Para custear suas despesas na cidade onde estudava, vendia desde água até roupas e sapatos nas repúblicas de Alfenas (MG). 

Transformar as dificuldades de um momento de crise em oportunidade foi a grande jogada de Regina Jordão, dona da marca Pello Menos Instituto de Depilação. “A demissão de meu marido serviu de impulso para que eu criasse o negócio.” Hoje, a marca possui 45 unidade e continua em processo de expansão.

 
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