
16 de abril de 2019 | 06h00
A Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia (Anip) acaba de finalizar o processo seletivo de empreendedores para a terceira turma de seu programa de aceleração, uma iniciativa da produtora A Banca em parceria com a Artemisia - organização de fomento a negócios de impacto social - e o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGVcenn).
Dos 10 negócios selecionados, cinco são da zona leste, três da zona norte e dois da zona sul. Seis deles são liderados por mulheres. Ao final do programa, os empreendedores receberão R$ 20 mil de capital-semente.
Leia mais
:: Startup cria São Pedro virtual para reduzir perdas na periferia com alertas de chuva
:: Quarta edição do programa Vai Tec acelera 24 negócios da periferia
Segundo o responsável pelo programa, o DJ Bola (Marcelo Rocha), também fundador da produtora A Banca, na zona sul da capital paulista, foram 167 inscritos, dos quais 30 foram pré-selecionados para um workshop. Da turma, 16 participaram de entrevistas presenciais para se chegar aos 10 selecionados da edição de 2019.
“Os negócios são criados nas periferias da capital e têm como público-alvo a própria periferia. Esses empreendedores podem escalar e impactar positivamente milhares de pessoas”, conta Bola, que manteve as duas primeiras edições do programa de aceleração restritas a empreendimentos da zona sul de São Paulo.
O programa prevê encontros temáticos presenciais, acompanhamento individual e mentoria pós-aceleração. Entre os temas a serem abordados estão: impacto social e modelos de negócios sustentáveis; competências empreendedoras; gestão financeira; marketing digital; questões jurídicas; inovação; estruturação e refinamento do negócio; e conteúdos adaptativos de acordo com a demanda de cada negócio selecionado. Confira a lista:
- Silvana Trucss, de Guaianases, zona leste (moda praia e lingerie para mulheres transgênero)
- Enjoy Alimentação Orgânica, de M’Boi Mirim, zona sul (delivery de alimentos orgânicos)
- Jaubra, da Brasilândia, zona norte (aplicativo de transporte que atende as periferias da cidade, similar ao Uber)
- Recifavela, da Vila Prudente, zona leste (cooperativa de materiais recicláveis)
- HOTD (Have Options to Dress), de Itaquera, zona leste (guarda-roupa virtual de consumo compartilhado)
- Kitanda das Minas, de Cidade Tiradentes, zona leste (serviço de catering e bufê com inclusão de mulheres negras e imigrantes africanas)
- LiteraRUA, da Casa Verde, zona norte (dar voz a autores e artistas populares para a criação de produções culturais da periferia)
- Meninos da Billings, de Capela do Socorro, zona sul (operadora de turismo náutico na represa Billings e Guarapiranga)
- Atuarquitetura, do Perus, zona norte (construção e reforma para casas da periferia)
- Clinfly, de São Miguel Paulista, zona leste (aplicativo voltado para a área da saúde, com atuação na contratação de cuidadores, babás e enfermeiros)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.