A Copa do Mundo deverá superar o fracasso de faturamento da Copa das Confederações. É isso, pelo menos, o que esperam proprietários de hostels instalados em cidades-sede como Rio de Janeiro e Recife. Em junho deste ano, o resultado não passou nem perto do esperado para empresários do ramo ouvidos pelo Estado PME.
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No Rio de Janeiro, a subgerente Acácia Morena, do hostel Samba Palace, localizado nas Laranjeiras, afirma que a ocupação de camas do albergue no evento foi semelhante à lotação em feriados: em torno de 20% a mais do que a lotação média. Para a Copa do Mundo, porém, a expectativa é de um aumento de pelo menos 50%.
No Manga Hostel, na região da Lapa, a proprietária Natália Tostes destaca que, durante a Copa das Confederações, não houve lotação superior a outros períodos do ano. O evento de 2014, porém, já tem reservas de 30% das 70 camas disponíveis. Para a final, não há mais vagas. Diante desse cenário, Natália espera ter um faturamento pelo menos duas vezes maior do que o habitual. Como medida para atrair hóspedes, ela pretende modernizar a área externa e organizar festas durante o mundial.
O Recife é outra cidade que receberá jogos da Copa do Mundo. No HI Arrecifes Hostel, no bairro de Boa Viagem, a gerente Roberta de Souza Leão destaca que a expectativa é grande para o Mundial de 2014, apesar do movimento na Copa das Confederações ter sido abaixo do esperado. Ela pretende reajustar as tarifas em 60% para cobrir investimentos, como curso de inglês para os funcionários. Já existe procura para hospedagem no período: são brasileiros e estrangeiros interessados em uma forma de estadia mais em conta. “É um grande espelho para pessoas que não conhecem o Nordeste, para ver o que oferecemos aqui”, opina Roberta, se referindo ao evento.
No Albergue Piratas da Praia, o proprietário Paulo Melo afirma que já investiu mais de R$ 100 mil desde o início do ano, se preparando para os grandes acontecimentos no País. A preocupação é em aumentar o número de vagas de 30 para 50, além de tornar o ambiente mais acessível e sustentável. Ele diz que o investimento partiu de seus rendimentos, pois falta incentivo governamental em estrutura e planejamento das cidades-sede. Melo ainda incentiva os funcionários, todos universitários, a estudar teatro, música e mágica, além de inglês e libras, para aprimorar o atendimento.