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A chance de deixar a crise no passado

Especialistas apontam oportunidades em produtos tecnológicos e na diversificação dos negócios

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Por Marco Bezzi e Túlio Kruse
Atualização:

Indicar as tendências para o empreendedorismo no Brasil em 2018 diante das turbulências econômicas e políticas do País não é das tarefas mais fáceis. Para tentar traçar uma direção para onde vai o mercado nesse setor consultamos especialistas, economistas e empresários para este especial Tendências Estadão PME. Diante de tantas opiniões, um ponto de convergência entre a maioria dos entrevistados foi a aposta em serviços ligados à tecnologia e a necessidade da diversificação para o pequeno e médio empresário. A insuficiência do atendimento na saúde pública abre um leque de serviços em 2018 para aplicativos de meditação, controle do sono e, especialmente, aqueles que aproximam médico e paciente. 

E importante: o empreendedorismo por oportunidade deve voltar a crescer em 2018. No ano passado, pela primeira vez desde 2013, o total de empreendedores que abriram uma empresa por convicção teve leve aumento, de 56,5% para 57,4%, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), principal estudo de empreendedorismo no mundo. Já as franquias devem crescer em 2018, ainda que moderadamente. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) espera um aumento de 8% a 10% na receita.

Cautela.Antes de se lançar no mercado, empresário deve fazer um estudo e evitar cair em modismos Foto: ANDRESR/GETTY IMAGES

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Os empreendedores devem também se aproveitar do primeiro semestre de 2018 – antes da eleição presidencial pautar as decisões – para apostar no varejo híbrido. As possibilidades são muitas: de bar com loja de roupas a lavanderia que oferece almoço e café, até restaurante com cursos de gastronomia.

Com o mercado ainda oscilante, é preciso fazer um estudo do que lançar. Deve-se evitar cair em modismos, como os dos food trucks. Marcus Quintella, coordenador do MBA Empreendedorismo e Desenvolvimento de Novos Negócios da Fundação Getulio Vargas (FGV), defende que quem quer empreender deve buscar informação e ajuda para entender o que é o mercado. “Quando uma tendência chega a uma capa de revista é que já era”, alerta.

O financiamento para tornar qualquer ideia viável pode vir por meio de uma fintech, startup que pode conectar investidores a pequenos empreendedores, com dificuldade em conseguir um crédito bancário. Para o professor Gilberto Sarfati, do professor da FGV, 2018 é o “ano da fintech”.

Sobre o que esperar para 2018, leia ainda as entrevistas exclusivas no fim deste caderno, com Juliano Seabra, presidente da Endeavor, e Alexssandro Mello, professor do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação Instituto de Administração (Proced/FIA).

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