56% dos empreendedores confundem estágio do negócio e queimam a largada

Confusão sobre estágio em que a empresa está é o principal gargalo dos pequenos e médios empreendimentos

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Um negócio passa por muitos estágios até a consolidação. E não dar a devida atenção a cada uma das etapas pode ser determinante para o sucesso do empreendimento. Não à toa, esse é o principal gargalo das pequenas e médias empresas, principalmente das iniciantes. De acordo com a Endeavor, 56,6% das empresas estão em estágio inicial (new ventures). E elas estão queimando a largada, ou seja, elas estão tentando resolver problemas de estágios posteriores quando deveriam ficar mais atenta à validação do seu modelo de negócios. Em comum, elas consideram como mais doloroso os desafios relacionados a expansão.

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“A fase inicial de uma empresa é a chave de tudo.É nesse momento que é possível experimentar, entender o seu público e o seu posicionamento”, explica Camilla Junqueira, diretora de cultura empreendedora da Endeavor.

O dado foi extraído a partir da análise das respostas de aproximadamente 10 mil empreendedores que responderam ao questionário da ferramenta “Check up 2.0, lançada em parceria entre a insittuição e o Sebrae.

Trata-se de uma ferramenta gratuita que mapeia as principais “dores” do empreendedor. Em formato de quiz, o usuário responde a um questionário composto por 11 perguntas e, de acordo com suas respostas, a plataforma indica o que deve ser prioridade no negócio. A ferramenta ainda apresenta uma curadoria de conteúdo ideal para aos desafios. No total, são mais de 500 diagnósticos mapeados por especialistas das duas instituições. 

Análise. No total do universo de respondentes do questionário online,56, 6% das new ventures consideram os problemas na operação, como conseguir produzir e distribuir produtos, seu desafio mais doloroso. “Olhar para o problema operacional, na fase de consolidação, não condiz o estágio em que a empresa está”, explica Camilla. Segundo a coordenadora, isso quer dizer que os empreendedores estão estão preocupados com dificuldades e questões que não condizem com seu tamanho e idade.

“Muitas vezes, no início, o modelo de negócios não está bem estruturado. O público pode não estar bem definido ainda, ou então surgem demandas que não tinham sido pensadas, o que pode impactar no caixa da empresa e, consequentemente, deixar as finanças comprometidas”, ressalta Camilla.

Analisar as demandas, cuidadosamente, antes de firmar qualquer compromisso é o mais recomendado. Assim como deve ser levado muito a sério a estruturação da empresa e o modelo de negócio que servirá para as outras etapas, como expansão e consolidação. 

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“É díficil um empreendedor ter todas as competências necessárias para gerir um negócio. Ele vai precisar de mais gente para ajudar. E entender tudo isso faz parte do processo inicial, não da expansão”, exemplifica a especialista.

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