Ligia Aguilhar
27 de julho de 2011 | 07h00
Quando Steve Jobs lançou a Apple Store, em 2008, diversos empreendedores identificaram o nascimento de um mercado promissor: o de aplicativos para smartphones. Três anos depois, ainda há muito a ser explorado nesse segmento, que no entanto, já exige uma capacidade constante de reinvenção das empresas da área.
Reunidos na semana passada na Expo Y, evento que discutiu as transformações que estão ocorrendo na era digital e o impacto dessa nova geração no mercado de trabalho, Breno Masi, da Finger Tips, Michel Lent e João Carvalho, da .Mobi – ambas as empresas especializadas em produtos para o mercado de mobile – ; além de Fernando Moulin, da Cyrela, discutiram tendências e deram dicas de como inovar no desenvolvimento de aplicativos.
Segundo eles, o usuário não quer mais baixar qualquer coisa no seu celular. “Ele quer aplicativos diferentes e que agreguem valor”, disse Breno Masi, da FingerTips, que apontou ainda que essa indústria já não admite mais aventureiros, mas sim profissionais que conheçam bem as necessidades e desejos do seu público-alvo. Ser relevante, então, é o primeiro requisito para um aplicativo ter sucesso. Na sequência, surge a necessidade de a interface ser fácil e intuitiva. “O consumidor quer resultado e não trabalho”, disse Masi. E tem mais: “O consumidor quer conteúdo”, declarou Carvalho, da .Mobi.
O aplicativo ideal seria, então, o que é capaz de atender a uma necessidade de forma simples, interativa e sem deixar de ter conteúdo. E é a partir do momento que se atende a uma necessidade ou cria-se uma facilidade que pode ser desenvolvido algo totalmente novo e útil, como busca o consumidor.
Pensando nessas três características – relevância, facilidade de manuseio e conteúdo – , elas não parecem ser úteis apenas para o desenvolvimento de inovações em aplicativos, mas também características desejáveis em quase todo produto.
Eis aí um belo ponto de partida também para quem quer inovar em qualquer outro segmento.
Ligia Aguilhar
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