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Opinião|Startup Colab e ONU-Habitat investigam as condições de vida dos brasileiros

A proposta é fazer um diagnóstico do avanço do País nas metas de desenvolvimento urbano sustentável geridas pela ONU; primeira versão do mapeamento contou com a participação de quase 10 mil brasileiros

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Atualização:

Como tornar as cidades brasileiras mais adequadas e capazes de pensar no ser humano como centro das políticas públicas, das decisões governamentais e das iniciativas privadas? O ponto de partida para encontrarmos as respostas possíveis para essa indagação crucial está na participação ativa da população dos quatro cantos do Brasil. Com essa premissa, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) está conduzindo, em parceria com a Colab - startup de impacto social focada em gestão pública que conecta cidadãos e prefeituras - a segunda edição da consulta pública Cidades Sustentáveis.

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A proposta é fazer um diagnóstico do avanço do País nas metas de desenvolvimento urbano sustentável da Organização das Nações Unidas. A primeira versão do mapeamento contou com a participação de quase 10 mil brasileiros, cujas respostas foram compiladas em um livro lançado em maio de 2019 na 1ª Assembleia do ONU-Habitat, realizada em Nairóbi, no Quênia.

Para o novo levantamento, a Colab está disponibilizando, por meio do aplicativo gratuito do negócio, 30 questões de múltipla escolha destinadas a medir a percepção dos brasileiros sobre os avanços nacionais no ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis). Nesse Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, a busca recai por formas de tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Há duas maneiras de responder à consulta pública: entrar no site ou baixar o aplicativo do Colab. As perguntas abordam temas do cotidiano urbano: acesso ao transporte urbano e serviços básicos, condições de moradia, espaços públicos, poluição do ar e transparência.

Paulo Pandolfi (esq.) e Gustavo Maia, da Colab. Foto: Marco Torelli

A Colab integra uma nova geração de negócios de impacto alinhados ao engajamento cívico. Trata-se de uma plataforma que conecta cidadão ao governo, para dar mais voz ao brasileiro e permitir que o poder público pratique uma gestão mais compartilhada e eficiente. As demandas da população são levadas às prefeituras pelo sistema do Colab, sem paradas burocráticas ou empecilhos. Os gestores, por sua vez, baseiam-se nas propostas e pedidos dos cidadãos para conduzir a administração pública.

Fundada em 2013, a plataforma da startup é usada por 230 mil brasileiros e mais de 100 prefeituras em todo o País, e recebeu prêmios nacionais e internacionais pela inovação na gestão pública. A empresa foi, inclusive, a única escolhida pela ONU para realizar a consulta.

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Na minha percepção, as mudanças devem ter como ponto de partida a voz ativa da sociedade, com a visão dos cidadãos para criação de soluções adequadas às reais necessidades dos brasileiros e brasileiras. É nesse sentido que a pesquisa do Colab em parceria com ONU-Habitat se faz tão importante para avançarmos na qualidade de vida nas cidades e nos aproximarmos do ODS 11.

* Maure Pessanha é empreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.

Opinião por Maure Pessanha
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