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Opinião|Conselho de administração pode fazer franqueadoras irem muito mais além

Mesmo para franquias de menor porte, metodologias ajudam a melhorar performance de marcas com conselho destinado a orientar sócios

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Atualização:

A time line de uma empresa franqueadora se inicia no dia em que uma pessoa resolve ter um negócio próprio. Ao constituir a empresa e na abertura do negócio, torna-se empresária. Atualmente, o mais comum é pensar em empreender. E, ao empreender, o negócio dando certo, pensa-se em expandir.

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De forma geral, os negócios nascem pequenos e, conforme planejamento, estrutura, investimento, setor, momento da economia, entre tantos outros fatores, existem as empresas que dão certo, as que vão se adaptando conforme necessidade ou oportunidade e as que se destacam, a ponto de clientes perguntarem se é franquia, se tem franquias ou se o dono pensa em "virar franquia". Tal questionamento instiga o franqueamento do negócio.

Enfrentando e superando todos os desafios, que se tornam potencializados por uma rede franqueada, franqueadores mantêm-se à frente dos franqueados demonstrando domínio na operação, conhecedores de tendências, redefinindo padrões conforme mudança de mercado e comportamento dos consumidores, se adequando às novas tecnologias, investindo em recursos variados como tempo, dinheiro, pessoas.

Conselho deve reunir mentes experientes para compartilhar conhecimento. Foto: Rawpixel/Pixabay

Mas não é incomum a sensação de solidão do poder na responsabilidade das decisões e escolhas acertadas, uma vez que envolvem a vida de dezenas a centenas de franqueados e qualquer escolha de solução irá gerar reflexos nas franquias e em seus resultados. Os investimentos para busca de sugestões podem chegar a ser proibitivos.

É ainda muito comum franqueadoras de pequeno e médio portes pensarem que determinadas ações, ferramentas de gestão ou estruturas são para as grandes, sem pensar de que forma poderiam se utilizar de tais estruturas adaptadas às suas realidades pós-crise.

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Uma delas é a formação de um Conselho de Administração (CAD), estrutura de governança corporativa que se destina a orientar os sócios e executivos da empresa, reunindo mentes experientes de empresários - franqueadores e de outros sistemas, canais e setores, que participam de um processo compartilhado de conhecimento, insights, informações, indicações.

Há metodologias de CAD diferenciadas e acessíveis às franqueadoras de menor porte, que trazem como benefícios a possibilidade de analisar os resultados das empresas, como melhorar a performance e aumentar o valuation das mesmas, sendo este último o maior indicador, a meu ver. A boa formação do grupo é fundamental para que o CAD funcione e favoreça os benefícios propostos, o que vai muito além de reunir consultores, advogados, conselheiros profissionais e empresários bem sucedidos.

"A formação de um CAD consultivo, que propicia espaço para brainstorming objetivo, requer experiência, histórico e conhecer um tanto do comportamento de pessoas"

Há inúmeros conselhos que, na prática, não funcionam, tornam-se reuniões enfadonhas, desafiadoras, frustrantes para uns e em que outros se sentem vitoriosos - como se estivessem ali para competir e ganhar e não para solucionar e compartilhar.

Como no franchising, a formação de um CAD consultivo, que propicia espaço para brainstorming objetivo, assertivo e transparente, requer experiência, histórico e conhecer um tanto do comportamento de pessoas e algumas técnicas preciosas, que fazem toda a diferença.

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E, o melhor, não é para os grandes. É para todos os franqueadores que quiserem vivenciar ambientes que estimulam a percepção de escala de impacto, assim como buscam potencializar consciência e mais conhecimento sobre seus negócios sob outras óticas, na chamada nova economia.

* Ana Vecchi é consultora de empresas, CEO na Ana Vecchi Business Consulting, professora universitária e de MBAs, pós-graduada em marketing e com MBA em varejo e franquias. Atua no franchising há 28 anos em inteligência na criação e expansão de negócios em rede.

Opinião por Ana Vecchi
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